“Na crise, o contador é o médico do seu negócio.”
A frase é o slogan de uma campanha de valorização do serviço prestado pelo profissional contábil no momento em que muitos empreendedores têm de reavaliar o caminho de gestão das empresas e refazer projeções financeiras em função dos reflexos da pandemia do novo coronavírus. A ação é do Sindicato das Empresas Contábeis (Sescon) e resume um sentimento dos profissionais: é preciso focar em como sanar as atividades econômicas.
Na área da saúde, quando uma pandemia de projeção mundial como a que estamos encarando atinge em cheio uma localidade, é preciso voltar todos os esforços ao tratamento e à proteção das pessoas, principalmente as mais vulneráveis. No caso dos negócios, a diretriz não deve ser diferente. É preciso eleger o que é mais urgente e focar na resolução de problemas que podem se tornar vitais às companhias.
A ideia da campanha surgiu justamente como forma de reconhecer a importância dos profissionais contábeis para saúde financeira das empresas.
“Queremos demonstrar o tanto de responsabilidade que os contadores carregam em seus ombros e que deve aumentar em breve, em especial quando for retomado o ritmo dos negócios”, destaca o presidente do Sescon/RS, Célio Levandovski.
O papel de facilitador para o empresário, diz o dirigente, também ganha mais peso e importância e exige dedicação extra dos contadores. “Neste momento de crise, o contador é imprescindível, pois a cada dia há uma enxurrada de novas normas, medidas provisórias, portarias e leis, que muitas vezes são até conflitantes, e será preciso tomar mais decisões” argumenta Levandovski, que também é empresário contábil.
O dirigente se refere ao grande volume de recentes decisões dos governos federal, estaduais e municipais para postergar a entrega de dados, suspender algumas multas por atraso e o pagamento de tributos. Há ainda medidas econômicas com injeção direta de recursos na economia, como a subvenção ao pagamento da folha de funcionários por dois meses. As novidades, muitas delas ainda em fase de discussão ou regulamentação, passam principalmente pelas áreas tributária, fiscal e trabalhista e exigem posicionamento dos profissionais contábeis.
Roberta Melo – Fonte: Jornal do Comércio